Biodiesel

O laboratório de biodiesel do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) foi um dos primeiros a ser implantado no Brasil. Ao lado do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a instituição começou a investir no setor em 2003. “No início atendíamos muitas usinas em todo o país, mas com o aumento do número de empresas com laboratórios próprios, isso mudou”, conta o técnico da divisão de biocombustíveis Wellington Wagner Dias Vechiatto.

A instituição possui estrutura para realizar todos os ensaios de qualidade necessários para o biodiesel. “Só não temos equipamento para medir o número de cetano do combustível, que é um ensaio que precisa ser feito a cada trimestre civil”, diz Vechiatto.

Quem participar da Conferência BiodieselBR em Curitiba no próximo dia 29 de agosto poderá conhecer pessoalmente a estrutura do Tecpar. “Vamos apresentar nossos equipamentos desde as análises mais simples até as mais complexas e também a usina de biodiesel na qual realizamos pesquisas de uso de diversos tipos de oleaginosas e óleo de cozinha reaproveitado”, adianta.

Análises
Antes do biodiesel chegar ao usuário final ele precisa passar por mais de 20 testes de laboratório. Esses testes, como regra, não devem ser feitos dentro das próprias usinas produtoras. O motivo é fácil de entender: a confiabilidade é sempre maior quando uma terceira pessoa analisa o produto, ao invés do próprio fabricante. Por isso, embora as usinas possam ter equipamentos de testagem em suas instalações, não são eles que vão dar a palavra final sobre a produção de cada dia. É preciso procurar um agente externo de certificação.

"Fazemos algumas análises mais simples, tais como índice de acidez e índice de iodo. Estamos para adquirir equipamentos para podermos realizar mais análises", afirma Nivaldo Tomazella, diretor industrial da Biopar, uma usina com sede em Rolândia, na região Norte do estado do Paraná. "É nosso objetivo manter um laboratório na usina. Só estamos estudando quais equipamentos serão imprescindíveis termos, e quais serão terceirizados", diz ele.

Os industriais da área ainda não consideram os testes como um peso a mais nas finanças – nem acreditam que os testes sejam, pelo menos por enquanto, um fator que venha a modificar significativamente o preço final do combustível para os consumidores. Pelo contrário. A impressão é de que os exames podem inclusive trazer economia para a fábrica. "Achamos que a principal economia é quanto à rapidez de respostas na correção de parâmetros do processo, tendo com isso diminuição de gastos de re-processamentos", opina Tomazella.

Para mais informações sobre a visita ao laboratório do Instituto de Tecnologia do Paraná acesse a página abaixo:
http://conferencia.biodieselbr.com/curitiba.htm

Rosiane Correia de Freitas - Texto extraído da Revista BiodieselBR

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